Capitulo Um -
Me joguei no sofá onde estavam meus amigos prontos para cantar a musica que faria parte do novo álbum que as fãs aguardavam como loucas.
–Podem começar. - disse Lay minha amiga sorrindo para Davi que retribuiu... galante, balancei a cabeça ignorando os pensamentos loucos, acenei para Cristian que estava pronto para começar a tocar, a primeira parte era acústica e eu começaria logo depois da minha amiga seguindo com o violão, e assim todos juntos.
Respirei fundo olhando para meu primo que me olhava com aqueles olhos castanhos e lindos, Tom Kaulitz era meu primo, e sabia que esse sentimento era proibido só que quanto mais eu pensava assim mais vontade eu tinha de tê-lo pra mim. Comecei a cantar após algumas notas do violão, eu estava nervosa, não sabia bem o motivo já que todos ali já haviam me visto cantar, eu estava nervosa com o olhar enigmático dele.
Eu era uma tola, ele não pertencia a ninguém e muito menos a mim, todos sabíamos o quão galinha ele era, mas o jeito que ele me tratou a vida toda, aquele Tom pra quem eu contava todos os meus segredos, pra quem eu confiei minha vida era extremamente carinhoso e sempre me fazia rir, o Tom que eu conhecia era totalmente diferente do que todos conhecem, eu já o peguei muitas vezes se agarrando com outras e por Deus, queria estar no lugar delas, eu tinha inveja.
Minha amiga percebendo (como sempre) como eu estava, começou a cantar antes da parte combinada deixando a musica diferente do ensaiado, desviei o olhar do dele, com todas as lembranças e não tive coragem de olhá-lo novamente, senti a mão de Lay tocar meu ombro me dando apoio mesmo sem saber do que.
Todos cantavam dando uma empolgação a mais na musica, me peguei ouvindo até ele cantar me deixando surpresa, a voz grossa deu um ar sexy a musica que até então para mim estava depressiva, terminamos a musica todos juntos.
– Uau me surpreenderam! Já tem um tempo que não ouço uma musica com tanta emoção como essa. - Falou Davi dando um olhar crítico para os meninos que apenas ignoraram.
–O-obrigada. - disse dando um sorriso de lado. Me levantei indo até o bebedouro enquanto todos os outros corrigiam alguns erros da musica, enchi o copo misturando água natural com a água gelada, minha mão tremia um pouco fazendo a água balançar, bebi lentamente e fiquei um pouco ali respirando.
–Hey May! - Ouvi uma voz conhecida atrás de mim, virei me arrependendo em seguida, lá mais umas vez estavam os olhos castanhos mel que tanto me amedrontavam. - Cantou muito bem.
–Valeu Tom.-falei nervosa vendo ele ficar sério depois das minhas palavras.
–Só me chama de Tom quando estava furiosa ou chateada com algo. - falou preocupado. - Aconteceu alguma coisa, ou algo que eu tenha feito?
–Não Tommy, ta tudo bem. - falei e sorri tentando acalmá-lo. De algum modo ele sempre soube quando eu mentia ou não estava bem, tentei ao maximo ser convincente.
–Bom, então vou indo. Até lá..em casa. - Disse rindo, me virei dando alguns passos me arrependendo em seguida, escorreguei em algo desconhecido e logo fui caindo para frente senti duas mãos me segurarem fortemente caindo em algo macio em seguida, fui abrindo os olhos de vagar...
–Tom...-sussurrei, havia uma pequena distancia entre nossos rosto e pensei em acabar com ela de uma vez, mas parte de mim gritava dizendo o quanto aquilo era errado. Ele apenas sorrio de lado passando uma das mãos em meu rosto, e a outra segurando minha cintura, aproximou mais seu rosto do meu
–Não...não deveríamos. - murmure em vão.
–Shi...confie em mim. - Iniciou a uma seção de selinhos, se transformando em beijos de verdade em seguida, senti os dentes dele prenderem meu lábio entre os mesmo, isso me fez acordar, aquilo era errado e estávamos no corredor, alguém poderia passar a qualquer momento.
–Tom...pare. - Falei de má vontade, ele me olhou confuso e me levantei vendo ele sentado no chão, olhei em volta vendo o corredor vazio me fazendo ficar mais aliviada.
–May, desculpa. - ele levantou do chão, andei rapidamente para o elevador apertando seguidas vezes o mesmo botão, as portas se fecharam e eu apenas ouvi um chingamento. Encostei na parede passando a mão pelos cabelos pensando no que tinha acontecido, imagino como seria se aquilo não tivesse sido apenas um beijo, como Bill ficaria, como Lay ficaria, como todos reagiriam a tal situação, me levantei me recompondo. Assim que a porta do elevador se abriu, andei pelos corredor até chegar ao estacionamento que estava praticamente vazio, os meninos fizeram uma bem ao escolher um apartamento no qual o lugar era pouco movimento, onde poucos os conheciam.
Andei até o carro o ligando, a estava pronta para partir quando meu celular começou a tocar, levei um susto, peguei o celular atendendo rapidamente
–Alô?
– Amiga é a Lay, onde você ta? Esqueceu seu violão.- desliguei o carro para ouvir melhor o que ela dizia.
– Eu to no estacionamento já pronta pra sair, nossa eu acabei me esquecendo de pegar ele, pede pro Davi guardar pra mim, que depois eu passo ai e pego.
– Ok, mais pra que toda essa pressa?
– Han.....é... posso te contar depois, eu passo ai na sua casa, ou você passa na minha, não sei...
– Isso ta me soando muito estranho, passa aqui mais tarde, ai você fica pra dormir. Ha por falar nisso o Tom quer falar com você.... - ouvi um silencio por um instante e meu coração disparou. Não era a melhor hora pra falar com ele agora, eu estava nervosa pelo o que tinha acontecido, talvez eu até estivesse exagerando um pouco, mas decididamente não era a melhor hora.
– May....- assim que ouvi a sua voz, desliguei o telefone, uma hora eu ia ter que falar com ele de qualquer jeito, mas não agora. Liguei o carro novamente seguindo para minha casa.
–Droga. - falei dando vários murros no volante enquanto o sinal estava fechado. -Porque você faz isso comigo...
O resto do caminho segui em silêncio, o celular tocava algumas vezes e eu sabia que era o Tom.
Estacionei na rua indo até a entrada, abri a porta do meu apê que eu não via a tempos, tudo exatamente do mesmo jeito que eu deixei, abri a porta do meu quarto e senti meu coração parar por segundos. Sempre fui fã da banda desde o inicio da carreira, olhei minhas paredes repletas de pôsteres autografados, dele principalmente.Troquei o lençóis da cama me jogando em seguida, abracei o travesseiro que antes eu sempre imaginava que fosse ele.
–Você sempre faz isso comigo. - falei deixando que algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto. - Se você soubesse...
Narração Tom Kaulitz:
–Droga... - suspirei ainda abraçado com o travesseiro. - Você é um repleto idiota Kaulitz, idiota! Me estiquei um pouco para abri a gaveta do criado mudo ao lado da cama de casal pegando uma foto dela, ela sorria e seus cabelos castanho claro caídos pelos ombros, o sorriso dela era brincalhão e ela me puxava pelo colarinho. Ela era minha dona, sempre foi. Era por ela que eu gemia, era nela que eu sonhava.
Apesar de tudo uma parte de mim não se arrependia do beijo, não que fosse a primeira vez, não não, a primeira vez que nos beijamos tínhamos apenas 12 anos, ela era BV, e eu já era pegador, ela estava triste e eu a consolei e acabamos nos beijando. Ficamos semanas sem nos falar o que me deixou arrasado, Bill sabia de tudo, nunca escondi nada dele e ele sempre achou lindo. Lindo? Sofrer por amor é lindo?
Soltei um suspiro ainda olhando a foto, linda....tão...linda. Deus como eu amava quando ela sorria, eu amava quando ela me chamava de Tommy, era o Tommy dela, sempre fui, só ela me chamava assim, ela era meu anjo. Irônico não? Los Angeles não é a cidade dos anjos? Eu realmente achei meu anjo aqui e não iria deixá-la tão cedo.
Peguei meu celular discando o numero dela, já era a vigésima vez que eu ligava mas afinal quem esta contando -eu-, ela sabia que era eu, sabia que ela tinha idéia de que seria eu. Afinal ela sempre sabe .
Narração Mayara:
–Idiota, me esquece. - falei da boca pra fora, eu me mataria se ele realmente me esquece-se. Eu não agüentaria. Olhei mais uma vez para o celular, eu sabia todos os números dele, a nossa música começou a tocar “ Down on you'' Tom dizia que ela foi feita para mim e para seu irmão, e eu idiota passei semanas felizes por causa disso. Olhei o relógio eram apenas seis da tarde, o gosto da boca dele parecia que não sairia mais da minha.
–Só queria te esquecer....mais é tão difícil, eu amo tanto você. - murmurei para mim vendo meu celular tocar outra musica, o toque conhecido eu tinha certeza que era a Lay.
–Fale.-disse entediada.
–Oi para você também mal humorada.
–Desculpe.
–Bill quer você aqui,eles vão mostrar um novo comercial que vão lançar daqui a alguns dias e queriam a nossa opinião, algo assim não entendi direito. E você me deve explicações ainda ta esquecida? Então traga sua bunda GG para cá imediatamente. - Ela desligou sem ao menos me deixar responder, encarei o celular como se ele fosse me dizer algo.
–Louca.-falei e me levantei indo até o guarda roupa pegando um short qualquer, e uma regata peguei a toalha e tomei um banho rapidamente, me vestindo em seguida deixando os cabelos soltos.
Sai de casa indo pro carro seguindo em direção ao apartamento. Eu sabia o que viria a seguir e eu ainda não estava pronta para falar com ele. Estacionei e sai do carro, Greg (o porteiro) já me conhecia a tempo e logo me deu passagem.
–A MAY CHEGOOU! - ouvi Cristian (um amigo) gritar, Lay veio até mim com um sorriso neutro.
–Oi amiga. - disse me abraçando, retribui. Olhei em direção a porta onde vi o homem de tranças que eu tanto quis evitar, ele estava com as mãos no bolso e me olhava um tanto desanimado apesar de ter um sorriso no canto da boca.
Passei por ele dando um “oi” rápido, senti sua mão segurar na minha suavemente, eu pensei em parar e virar para traz, mais aquela não era a melhor hora pra se discutir aquilo, pelo menos não na frente de todos. Puxei minha mão para junto do meu corpo disfarçadamente e cumprimentei o resto dos meninos.
– Ok, esse comercial é muito importante e estará nas televisões do mundo em poucos dias, mais antes eu queria que vocês vissem para dizer o que acharam - Disse Davi, eu estava encostada atrás do sofá apoiada vendo todos se sentarem, Tom sentou bem na minha frente, ele olhou pra traz e perguntou
– Se quiser pode sentar no meu lugar
– Não precisa, daqui eu vou voltar pra casa então....- tentei dizer mais alguma coisa mais ele apenas me olhava o que me encabulava bastante, ele se virou para frente. Davi colocou o dvd do comercial e começamos a assistir.
*
Em alguns momentos eu conseguia reparar que Tom me olhava de lado, mas decidir não dar bola, deitei a cabeça no encosto do sofá ainda prestando atenção na tv, Tom se mexia bastante, levantei a cabeça e olhei para ele que esfregava o braço, podia ver que estava todo arrepiado, bom eu estava em pé atrás dele então... será que minha respiração chegou até ele o fazendo arrepiar? Acho que não...
O comercial terminou e logo Davi se colocou na frente da tv com uma cara de quem queria dizer " e então, o que acharam? não ficou maravilhoso!?"
– A parte dos carros foi a mais legal de gravar, Gustav teve problemas pra ligar o dele - disse Bill dando risada
– Todos os garotos estavam muito bem, e os efeitos ficaram ótimos. - disse Cristian
– Bom eu achei que ficou legal, mais poderíamos ter feito melhor - disse Tom esticando os braços por cima do sofá, tirei minhas mãos para evitar qualquer contato
– Ai Tom credo, ficou ótimo seja um pouco positivo - disse Lay - Amiga o que você achou? - todos olharam pra mim nesse momento, menos ele...
– Haa... bom, eu gostei bastante, é bem ousado para o novo álbum e é algo do tipo que eu tenho certeza que vãos satisfazer os fãs - disse com um sorriso amarelo, ouvi Tom solta um risinho irônico, sai indo para cozinha como eu odiava essa situação, Tom era meu confidente a minha vida toda eu contei tudo para ele, e o mesmo comigo, nunca conseguíamos ficar muito tempo sem nos falar pelo menos por minha parte. Senti uma mão segurar meu ombro e suspirei virando, encarei os olhos castanhos a minha frente cruzando os braços esperando o que viria a seguir.
–Me desculpe...Eu..Eu...estava muito puto por a mina ter desmarcar comigo, estava carente e te beijei...me desculpe eu não queria te usar...eu...foi coisa do momento. -ele falou de olhos fechados e sobrancelhas unidas como se tivesse confuso, senti meu coração se apertou, meus olhos ardiam pelas lagrimas que teimavam em querer cair. Por um segundo durante o beijo eu havia sentido sentimento por parte dele.
–Não se preocupe Tom...você sabe que nossa amizade é maior que tudo, não senti..nada mesmo. - menti falando um tanto rápido não queria que ele percebesse o quanto eu estava magoada, o quanto eu estava machucada pelas palavras dele. -Só fiquei constrangida.
–Odeio quando você me chama de Tom...você sabe que sou seu Tommy, você sabe que eu odeio quando os outros me chamam assim, menos você. Me chame só de Tommy.... - ele falou me abraçando, prendi o choro e o abracei sentindo o perfume dele, eu não me importaria de viciar no cheiro dele, afinal era simplesmente incrível, ficamos assim por algum tempo, deixei algumas lagrimas cair pela dor que eu sentia no peito.
–May eu preciso....Desculpa. - falou Lay constrangida, a olhei suplicante, eu precisava desabafar urgentemente, parei o abraço ainda de cabeça baixa para Tom não visse meus olhos vermelhos.
–May..posso falar com você?- disse ela, acenei logo saindo, tínhamos um quarto especialmente para algumas noite em que precisávamos ficar, o quarto era dela na verdade, ela e Bill tinha meio que um lance a algum tempo escondido das fãs, entramos no quarto, ela trancou a porta e veio até mim me abraçando forte, chorei até não poder mais.
–E-eu o a-a-amo tanto...m-mais el-le não vê. - solucei com a mão por cima do peito tentando por um momento arrancar aquela dor insuportável que me corroia aos poucos, Lay ficou ali por horas me acalmando, me escutando.
–Você já parou para pensar apenas por um momento que ele pode gostar de você, mas não vê o quanto você gosta dele? - levante a cabeça.
–Você ouviu o que eu falei? - disse com raiva. - Ele estava carente e tirou proveito de mim, do meu sentimento!
–Dois cabeças duras, realmente se merecem. Não podem negar que são parentes. - ela ironizou dando um suspirou. - Falando sério Mayara, apenas por um minuto passou pela sua cabeça que ele pode sentir o mesmo? Mas estão cegos rejeitando um ao outro.
–Porque diz isso?
–Apenas digo o que vejo e acho. - ela respondeu sorrindo. Tente descansar okay? - Acenei deitando na cama abraçando o travesseiro e fechado os olhos, ouvi a porta fechando e fiquei pensando nas palavras da minha amiga, na maioria das vezes ela não errava mas...poderia haver uma exceção comigo não é?
Acordei com o sol em meu rosto,me espreguicei olhando o local confusa me perguntando onde eu estava e logo me lembrei, sentei na cama sentindo meu corpo e cabeça doendo, olhei para a mesinha ao lado da cama encontrando um remédio de dor de cabeça e logo o tomei. Eu não estava com vontade de ir para casa, minha vontade era ficar ali mais. Sai do quarto encontrando o Tom e uma morena do seu lado, ele estava dando o sorriso malicioso, ele não tinha percebido que eu estava ali ainda quando seus olhos encontraram os meus ele ficou sem reação, senti meu sangue ferver e passei por ele como um foguete, ele sempre soube que eu odiava aquilo.
–May,droga da pra esperar? - ele exclamou e logo parou na minha frente,eu devia estar vermelha de raiva naquele momento.
–O que é que você quer?-falei entre - dentes.
–Desculpa, sei que odeia me pegar com elas.-ele falou .
–Não Kaulitz, eu não odeio pegar VOCÊ com elas mais odeio o jeito que você trata nós garotas. Minha raiva é simplesmente ciúmes...eu...você é meu amigo, não gosto de te ver com outras, tenho medo que acabe gostando de alguém e...e me esqueça!!!-desabafei, ele me olhou surpreso e logo sorrio levantando meu rosto e o acariciando.
–Tem uma garota que eu nunca trataria assim, pois ela é especial para mim, e enquanto ao ciúmes...não precisa ter, você sabe que sou eternamente seu, nunca te trocaria por nenhuma. Nunca! - ele falou.
–Quem é a garota? - falei sentindo meu coração apertado de felicidade pelas palavras dele e pelo medo de quem fosse a garota.
–Você. Unicamente...você, Meine Liebe. - ele falou carinhosamente e eu sorri como uma boba, senti o beijo dele em minha bochecha um pouco perto da boca recebendo um abraço forte em seguida. O abraço aconchegante que só ele sabia me dar.
Me lembrei que precisava ir embora, afinal não iria ficar incomodando eles, mais eu realmente não queria ir, não depois de todas as palavras ditas naquela manhã.
–Vou ao...banheiro. - falei, minha tentativa era de ganhar tempo e poder ficar mais um pouco ali, andei até o banheiro ali perto, a porta estava apenas com uma brecha mais não imaginei que havia alguém ali então entrei, o banheiro havia uma brisa pela água quente, virei para o chuveiro e senti meus olhos arregalarem quando vi uma figura esbelta de cabelo loiro, Bill estava praticamente nú, apenas com uma toalha na cintura
–Oh meu Deus!-exclamei totalmente envergonhada, Bill me olhou assustado voltando a entrar no box do banheiro tentando se esconder, sai do banheiro de costas esbarrando em Tom atrás de mim.
–Hey,o que aconteceu?.
–Bill...e-e-ele estava..nu! - Tom colocou a cabeça para dentro do banheiro entendendo o que eu estava dizendo.
–Você viu Bill nu primeiro do que eu.-ele falou ciumento e o olhei confusa.
–Você quer que eu veja você nu?-perguntei meio sem entender o que ele queria dizer vendo ele rir um tanto nervoso. Bill saiu do banheiro com a cabeça baixa tamanha a vergonha que eu tinha causado.
– Desculpa! - gritei em quanto ele se afastava para entrar no quarto, Tom apenas ria de tudo, olhei dentro do banheiro novamente vendo uma figura familiar em baixo da pia.
–JUMBIE!!! - exclamei fazendo o Tom se assustar, corri até o avião que estava em perfeito estado, peguei o controle remoto, Tom me olhava parecendo estar encantado.
–Vamos brincar com ele? Por favor Tommi. - falei o vendo dar um sorriso bobo e acenar, saímos do apartamento indo ate o jardim magnífico e bem cuidado que havia no fundo do apartamento.
– Sou a primeira,nem vem. - Peguei o controle remoto, vendo Tom colocar o aviãozinho na posição certa, apertei o botão para que ele decola-se. Ver o aviãozinho no céu me fez lembrar do passado de quando eles ainda estavam crescendo, de quando eu ainda era uma simples fã na academia de musicas, bom ainda continuo sendo uma simples fã, só que agora mais do que isso, agora eu podia ajudá-los em tudo o que eles precisassem.
– Deixa eu ir um pouco agora. - Tom disse tentando tomar o controle da minha mão sorrindo, tentei impedir, fazendo com que o avião desse vários giros no céu e descesse em um rasante ficando preso em uma árvore.
– Haa Tommy, olha só o que você fez. - disse apertando todos os botões do controle na tentativa de trazer o avião para baixo.
– Eu não fiz nada, você não quis me dar o controle, olha ai o que aconteceu. - disse ele indo em direção a árvore, se pendurou em alguns galhos na tentativa de tentar recuperá-lo, me aproximei olhando para cima, temia que ele caísse.
– Tommy deixa pra lá, você pode cair. - disse em voz alta para que ouvisse
– Ha não, temos esse aviãozinho a muito tempo e não vai ser agora que eu vou perde-lo. - disse pisando em um galho que quebrou, levei um grande susto, sorte que seu corpo não estava totalmente apoiado naquele galho
– Tom Kaulitz, desça dai imediatamente antes que eu taque esse controle na sua cabeça! - ouvi ele rindo, pulou de lá de cima caindo em pé no chão, me olhou sorrindo com um arranhão na bochecha, mas com o avião em suas mãos
– Eu disse que não ia perde-lo. - disse rindo, me aproximei dele passando a mão onde havia o arranhão.
– Mais olha só, você se machucou!
–É só um arranhãozinho, não vou morrer por causa disso. - disse sorrindo, ficamos nos olhando por alguns minutos, os olhos dele penetravam diretamente no meu, fazendo com que eu o olhasse sem desviar a minha atenção. Apenas ouvi o barulho do Jumbie sendo solto pelas suas mãos e caindo no chão, ele passou uma das maos no meu rosto segurando minha cintura com a outra e me beijou. Eu não podia acreditar que aquilo estava acontecendo de novo, parte de mim queria fugir porque me dizia que era proibido, afinal nós éramos parentes, sangue do meu sangue, mais parte de mim queria abraçá-lo e nunca mais soltar, para a minha sorte essa era a maior parte. O abracei retribuindo os seus beijos que foram ficando mais rápidos a cada momento, ele apertava forte a minha cintura diminuindo qualquer espaço entre nossos corpo, eu podia sentir os sentimentos dele, Lay estava certa, talvez ele realmente sentisse isso por mim. O beijo foi ficando calmo e logo paramos de nos beijar, ainda com os rosto colados ele me olhava fixamente.
–E agora...foi por você ou...porque levou um fora? - perguntei ofegante e com os olhos fechados.
–Sempre foi por mim... - ele murmurou e abri os olhos encontrando os dele me olhando com adoração.
–Acho que vou te beijar de novo. - murmurei tímida e vendo ele sorrir.
–Não me importaria se você me beijasse o dia todo.
–Não me dê idéias Tommy. - ele fechou os olhos e morder os lábios com o apelido. -Gosta quando eu te chamo de Tommy? - ele apenas acenou manhoso com a cabeça
–Tommy...meu Tommy..-sussurrei vendo ele sorrir
–Não me atente tanto assim Kaulitz fêmea. - disse me fazendo rir.
–E se eu continuar Kaulitz macho?
–Ai eu vou te atacar e fazer você ficar de cama. - disse malicioso.
–Também tenho sangue Kaulitz, pode ser que seja ao contrario.
–Veremos. - nos beijamos,nossas línguas dançavam eroticamente em nossas bocas, senti ele me apertar contra a arvore e suspender uma das minhas pernas.
–Tommy aqui não. - falei manhosa o atentando.
–Merda Mayara, você me deixa louco! Sabe quando tempo te esperei? Sabe o quanto sonhei em te beijar todinha dos pés a cabeça e ouvi você chamar meu nome querendo mais? Noites e mais noites. - ele confessou e eu sorri como idiota.
–Seu babaca porque nunca me contou? To esperado por você desde de...sempre. - falei dando tapas nele.
–Tapas de amor não dói. - ironizou.
–Cala a boca e me beija Tommy. - ele sorrio se aproximando.
–May!? - ouvi alguém gritando ao longe fazendo com que e e o Tom nos afastássemos bruscamente, ajeitei meu cabelo dando um selinho rápido em Tom, Cristian logo estava perto de nós e pela cara não era boa coisa.
–Temos que ir, já está ficando tarde. - a voz dele era ofegante me fazendo encolher, acenei olhando para o Tom que o encarava com a cara um tanto fechada eles não se davam muito bem. Dei um longo abraço no Tom sendo retribuída, sussurrei em seu ouvido.
–Logo estarei de volta para você, e não quero mais ver vadias aqui entendeu. - ele riu
–Nada de vadias, agora eu sou quero você, você é minha agora, somente minha. - ele sussurrou de volta me fazendo arrepiar.
–Tchau Tommy. - sorri me afastando.
–Tchau May. - Cristian revirou os olhos saindo na frente, o segui até o carro onde Lay estava quase cochilando.
–Você sabe que não vai dar certo entre vocês, suas famílias nunca deixariam, e Tom é galinha, aposto que deve estar agora mesmo ligando pra qualquer puta. - Cristian falou rude enquanto entravamos no carro, senti meu coração apertar.
–Cale a boca Cristian,você não conhece a família, não pense que só porque conhece todos a um mês a pode sair dando palpites, fique na sua e não se meta nos problemas dela. - Lay o cortou.
–Digo apenas a verdade, ela vai acabar depressiva, chorando por ele a ter traído por alguém bem melhor.
–CALA A BOCA CRISTIAN!! Tom a ama mais do que tudo desde de criança,você não sabe de merda nenhuma e não tem o direito de dizer nada! - Lay falou fazendo com que ele se calasse, mas era verdade, Tom foi pegador a vida inteira e dificilmente seria agora que ele ia mudar, não saberia como nossas famílias iria reagir, era um futuro incerto.
O carro parou em frente a minha casa, desci sem pronunciar nenhuma palavra, eu acreditava no que Cristian estava dizendo, Lay estava ao celular enquanto ele saia do carro, andou até mim parando na minha frente.
–No fundo você sabe que isso é verdade, você sabe que não vai dar certo que ele vai te usar e abusar e depois te jogar no lixo como todas as outras.
–Você na...sabe de nada Cristian. - disse, minha raiva era tanta que a voz saia falhada, não conseguia falar.
–Você sabe, admita. Admita que você esta com essa duvida dentro de si própria, se ele esta ou não com alguma puta agora mesmo.
–Por que esta falando isso? - perguntei com a voz embargada, Lay saio do carro furiosa dessa vez apenas observando tudo de braços cruzados.
–Eu gosto de você e faria você feliz sempre. - senti as lagrimas escorrerem pelo meu rosto, não dava pra acreditar. Ao fim da rua um som chamou minha atenção, alguém gritava meu nome, uma moto desgovernada surgia ao final da rua, Tom pilotava em alta velocidade.
– Ele vai te trair, vai te deixar de mal, te humilhar!
–O único que vai se humilhado aqui é você idiota. -Tom falou atrás de Cristian que encolheu surpreso. - Juro que se você chegar novamente perto da minha garota para mentir vou quebrar sua cara.- Eles se encararam por um tempo, Lay ao meu lado sorria vitoriosa, Cristian olhou pra mim pouco antes de ir embora.
–Obrigado por me ligar. - Tom agradeceu para Lay.
–Disponha. - Lay entrou no carro novamente nos dando um tchau rápido sorrindo e seguiu até sua casa, Tom me abraçou forte.
–Meine Liebe, por favor não acredite nas coisas que ele falou, nunca trairia você, todas com quem eu fiquei eu pensava em você, eu te juro. - sorri de lado o abraçando de volta. Nós nos completávamos, de um jeito meio torto e talvez estranho mais nos completávamos. A letra da musica que cantamos estava no meu bolso, entreguei para que ele deve uma revisada.
–Logo te ligo para falar sobre ela, tente dormi.- disse carinhosamente me fazendo sorrir.
–Até logo.
Deitada na cama vendo filmes eu pensava em tudo oque tinha acontecido nesse dois últimos dias, e como eu consegui conquistar o que eu tanto queria, sorri sozinha lembrando de tudo. Havia dormido apenas algumas horas depois do que aconteceu, afundei meu rosto no travesseiro ainda sorrindo, era tão estranho, meu corpo formigava só de pensar nas mãos dele sobre a minha pele, e o cheiro do seu perfume que não queria sair de mim.
“Can I drive you home?
Can I crash into your life?
Can you fix my soul?” Meu celular começou a tocar, sabia quem era e não hesitei em atender.
–Pois não, Tommy? - disse manhosa.
–Já faz na maldade né? - ouvi ele rindo.
–Do que precisa?
–Da minha namorada lendo a musica,não entendo sua letra - ele riu mais ainda
– Nossa nem é tão feia
– Não é serio, tem como vir?
– Me dá 15 minutos.
Eram nove e meia quando eu cheguei a casa dele, a musica estava sobre a mesa da cozinha, ele apareceu com duas canecas de chocolate quente sorrindo....
"Abri os olhos vagarosamente, sentei na cama até recobrar a consciência
– Foi só um sonho...- disse a mim mesma esfregando os olhos ainda com sono. Podia sentir cada toque dele, o cheiro dele em mim, as imagens nao siam da minha cabeça, foi tudo tão real...
Respirei fundo coçando a cabeça, senti algo tocar na minha perna por debaixo das cobertas, olhei ao meu lado tranças caídas no travesseiro e o peito nú e a cintura sendo coberta pelo lençol.
O abracei com um sorriso novo fechando os olhos novamente,o braço dele se prendeu a minha cintura me confortando.
Meu Tom,somente meu."
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