Capitulo Oito - Anoitecer

Capitulo Oito - Anoitecer



Eu quero contar tudo a você

Por que você iria dividir

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Me leve com você

Venha e me salve

Estou queimando por dentro

Venha e me salve

Eu não vou fazer isso sem você

Venha e me salve

Salva-me

Salva-me

Rescue me – Tokio Hotel


Fui para aula de inglês meio entorpecida e percebi que a aula havia começado a algum tempo.

Droga Bill,é sua culpa. Pensei .

–Que bom que se juntou a nos Srta.Swan.- o professor falou enquanto respirava fundo se acalmando e ajeitava aqueles óculos terríveis.

Acenei ironicamente me sentando no lugar de sempre e logo sentindo 1% de culpa,Mike não estava sentado ao meu lado como sempre,mais logo na saída da sala ele e Eric me encontraram na porta conversando e meu 1% de culpa sumiu.Com o tempo Mike pareceu se torna ele mesmo novamente,e conversava alegremente dizendo que a chuva daria uma trégua no fim de semana e assim eles iriam a praia.

O resto da manha passou indistintamente.Era difícil acreditar ainda em tudo que havia acontecido entre eu e Bill, ou a cor dos olhos lindos dele.

Havia tocado e todos como sempre seguiram ate o refeitório, eu estava impaciente,queria vê-lo novamente e chegando lá me assustei igual a Jessica que estava ao meu lado na mesa.Eu queria ver o rosto perfeito dele,queria ver se o humor dele havia mudado novamente,se havia se arrependido do que tinha falado.Jessica tagarelava com Lauren e Angela sobre o baile o que não chamou a minha atenção.

A decepção maio foi quando meus olhos focalizaram a mesa de sempre e só havia quatro pessoas.Ele não estava la.Olhei para baixo e voltei a olhar para mesa.Será que havia ido para casa?Ou ficou doente?Segui a tagarelice de Jessica pela fila,sentindo-me oprimida.

Cara como ele me afeta tanto?

Sai de mim espírito ruim!

Comprei uma lata de coca,queria sentar e ficar quieta no meu canto.

–Bill Kaulitz não para de te olhar.-sussurrou Jessica para mim e me chamou atenção . –Por que será que ele esta sentado sozinho hoje?

Minha cabeça automaticamente se levantou segui o olhar de Jessica encontrando os olhos dele,do Bill.Ele percebeu que o olhava e deu aquele sorriso de matar um, e moveu os labios em um '' vem cá'' .Bem eu esperava que era pra mim,franzi o cenho o olhando.

–Ele ta chamando você? – perguntou Jessica com uma perplexidade enorme na voz.

–Hm,.. ele deve ta com problema em alguma coisa.-falei – É melhor eu ir logo ver...

E para não ouvir mais a tagarelarão de Jessica a deixei na fila e fui até a mesa dele.

–Quer ficar comigo hoje?-perguntou ele sorrindo,levantei a sobrancelha e me sentei automaticamente na cadeira ainda olhando para ele esperando o mal humor.

–Isso é...bem diferente...-falei.

–Bom...- Ele parou,e depois falou rapidamente como um jato.- Eu conclui que já que vou para o inferno,posso muito bem fazer o serviço direito e completo.Simples assim.

–Posso não ser loira mais,sem preconceito contra,mais você sabe bem que não sei o que quer dizer,certo?-falei ainda o olhando .

–Eu sei .-falou e gargalhou e logo mudou de assunto. – Acho que seus amigos devem ter ficado com raiva de mim por ter te roubado.

Quero ser roubada por você forever. Pensei.

–Eles vão sobreviver.-ironizei ao sentir olhares me fuzilando pelas costas.Invejosos.

–Tenho certeza.-sorrio – Mais e possível que eu nunca a devolva. –falou com um sorriso malicioso.Esse é um Bill diferente do que conheço.

Epa,epa. Aceito tudo gato! Pensei novamente e sorrir para ele.

–Você me faz ser eu mesmo.-murmurou olhando para outro lugar.

–Isso é bom não é?-perguntei e mordi meus lábios e ele me encarou.

–É muito bom.-falou e sorrio olhei para ele e corei um pouco.

–Você me parece preocupada.

–Não...surpresa para falar a verdade.Qual o motivo disso tudo afinal.-perguntei.

–Já falei..-disse – Cansei de ficar longe de você.Então estou desistindo.

–Desistindo?-perguntei.

–Yeah!...Desistindo de tentar ser bom.Agora só vou fazer o que eu quiser e deixa os tudo rolar...Ser eu mesmo.-falou e vi a mao dele vindo ate meu rosto mais parando na metade do caminho.

–Esta me deixando confusa de novo.-Falei enquanto pensava em tudo.

Recebi um sorriso,e ai sim fique mais confusa.Ahh cara Para de ser idiota Crystal.Isso é idiotice sua!

–Eu sempre falo demais quando converso com você...Este é um dos problemas.

–Não se preocupe.Não entendo nada mesmo.-ironizei revirando os olhos.

–Estou contando com isso.-falou sorrindo.

–Então,numa linguagem claro e que todos entendam..somos amigos?

–Amigos...-falou ainda indeciso o que me fez querer socar ele.

–Ou não..-falei emburrada.

Ele sorrio.

–Vamos tentar,ok?Não sou la muito de ter vários amigos.-falei ele me olhando como se pedisse desculpa e a alerta.

–Você já disse isso.-falei dando língua e sorrindo e ele rio também.

–Sim,porque você não está me ouvindo.Ainda espero que acredite .Se for inteligente vai me evitar. –falou sorrindo.

–Faz de conta que sou burra então.Você deixou claro sua opinião sobre meu intelecto.Relex.-falei e ri .-E ai,como não sou inteligente,somos amigos?

–Isso parecer ser bom.

Olhei para minhas garrafa se coca,sem saber o que fazer agora.

–No que esta pensando?-perguntou e eu o olhei.

–Estou tentado estender quem é você.

Se queixo se apertou um pouco e se manteve quieto por um momento.

–Tendo sorte.-perguntou rude.

Esse é o velho e mal humorado Bill Kaulitz.

–Não muita.-admitir e ele rio.

Isso ajudava muito,abri a coca a bebendo tentando me acalmar.Ele me deixava nervosa e entorpecida.

–Quais as teorias?

Desviei o olhar,era constrangedor,engasguei com a coca so em pensar en conta-lo.Eu havia vacilado entre Bruce e Peter.Não iria confessar isso.

–Não vai falar?-perguntei e acenei um ‘’ não ‘’.

–É muito constrangedor.

–Isso é muito frustrante,sabia?-queixou-se fazendo um bico fofo.

Como resistir aquilo meu pai?

–Não.-falei rapidamente.-não consigo imaginar por que seria tão frustrante isso...Só porque a pessoa não quer dizer o que pensa,mesmo que o tempo todo esteja tentando saber o que é aquela pessoa...ora,por que seria frustrante?

Ele deu um sorriso duro.

–Ou melhor.-continuei não imaginando o tanto ki tagarelava.-vamos imagina uma pessoa que esteja com muitas atitudes estranhas....ou então salvar sua vida um dia prometendo dizer tudo logo em seguida mais mentindo sobre isso...cara isso não é nada frustrante, não é?

–Seu gênio é forte ein?

–Talvez.-piquei e sorri.

Vi ele olhar sobre meu ombro e dar um sorriso

–O que?-perguntei .

–Bem...parece que seu namorado não esta gostando nada de desta briguinha entre nós.-falou.

–Ein?-falei não entendendo.

–Seu namorado...aquele loiro...-falou ele.

–Mike?Meu namorado?-gargalhei – Nem pensar.Só meu amigo.

–Hmm...Se você diz...

–Como sabe disso?-perguntei.

–Já disse é fácil interpretar as pessoas.-falou ele.

–Menos a mim?

–Isso... menos você..

–Não esta com fome?-perguntou distraído.

–Am.....Não..E você?-perguntei enquanto dava outra golada.

– Não tenho..fome..-falou olhando para as mãos.

Como uma pessoa não pode ter fome?

–Pode me fazer um...favor?-perguntei.

–Depende...

–É pequenininho assim ô.-falei e mostrei com os dedos e ele rio.

–Vou tentar..-falou.

–Olha,você poderia..por acaso...assim..me avisar quando você for ficar de mal humor ou bom humor?Para o meu bem,pode ser?-falei olhando minha garrafa de coca e sorri quando terminei.

–Parece justo.-falou.

–Obrigada Bill.-falei tremendo ao dizer o nome dele.

–Posso pedir uma coisa em troca?-falou .

–Hm.. só uma.-falei esperando ele dizer o que era.

–Uma teoria.-falou sorrindo perverso.

Epa ai não vale.

–Não,não,não,não!-falei.

–Você não disse nada,não qualificou agora me fala vai..-falou ele se divertindo com meu constrangimento.

–É muito constrangedor!-falei corando.

–Vai Cris fala.-disse sorrindo,olhei pra minha coca e suspirei.

–Não ria!-falei mordendo meu lábio em seguida.

–Prometo!

–Hm...então..picado por aranha radioativa?

–Isso é para historias de quadrinho.-zombou.

–Só o que tenho.

–Bem criativo.-ironizou

–Nem chegou perto.

–Nada haver com aranha?-perguntei.

–Nada.

–Droga.-falei.

–Mutante?-falei e vi ele rir.

–Você prometeu!-falei e fiz bico.

–Cris..Cris..Cris..

–Um dia vou descobrir.-falei crendo.

–Espero que não.-olhou para o lado.

–E se...eu não fosse o super-herói?E se eu fosse o bandido?-falou.

–Não creio nisso...você não faria mal a ninguém.-falei ,chegando minha mao perto da dele e vendo ele afastando.Suspirei.

–Será?-perguntou.

–Entendi.-falei.

–Entendeu?

–Você é perigoso..mais não fere ninguém...você é bom..não creio que seja mal.-falei e vi ele travar a mandíbula.

–Está enganada.-falou olhando pra ouro lado com a mandíbula trancada ainda.

Ficamos em silencio,cada um encarando o outro,travando uma conversa com os olhares,ficamos assim a um tempo e ele desviou.

–Vamos chegar atrasados.-falou e notei o lugar praticamente vazio.

–Não vou a aula.-continuou.

–Mais...por que?-perguntei me culpando.Ele deve ter ficado com raiva.

–Cris...faltar aula é saudável as vezes.-falou sorrindo.

–Bem...então vou indo.-falei sorrindo e pegando minhas coisas.

–Agente se vê depois.- falou sorrindo.

–Até.-falei.

–Até...-ouvi falar e fui em direção ao prédio da minha aula.

Tive a maior sorte,o Sr.Baner não estava na sala,entrei sentindo os olhares de todos em mim e me sentei no mesmo lugar,não liguei para os olhares,me acomodei.

–Bom dia pessoal! Desculpem a demora..-falou entrando e pegando luvas,colocando elas.-Bom tirem os objetos da caixa. Primeiro deve ser o cartão indicador.-falou.

–Peguem o prendedor de 4 dentes e...-falou .- e o terceiro é um microsbituro estéril.-falou e pegou uma lamina,aquilo fez meu estomago revirar.Eu sabia o que seria em seguida.

Ah..droga.Nao...odeio quando isso acontece,sou uma fraca mesmo.

–Vou ficar andando pela sala com esse conta-gotas com água para preparar seus cartões,então só comecem quando eu chegar até vocês.Por favor.-falou começando a fazer isso.-Depois quero que pinguem o dedo no bisturi..-pegou a mao de Mike e deu uma estocada na lamina fazendo o liquido vermelho sair do dedo.

–Coloquem ele no dentes. E apliquem no cartão.-fechei os olhos respirando fundo tentando em vão afastar a tontura que me afetava.

–Cris você esta bem?-perguntou o professor.

A idiota se eu estive-se bem,não estaria assim.

–Eu sei o meu tipo sangüíneo...-falei e me arrependi senti o cheiro de ferro e sangue pelo ar e fiquei mais tonta ainda.O enjoo estava mais forte do que antes.

–Consegue andar?-perguntou,eu sairia dali ate numa perna só.

–EU acho que sim.-falei.

–Por favor alguém pode legar a Cris na enfermaria?-perguntou.

–Eu Sr.Baner!- Ouvi Mike falando e logo vindo para meu lado.

–Agüenta andar?-perguntou no meu ouvido.

–Acho que sim.. só me tire daqui.-supliquei.

–Ok;-falou e me arrastou para fora dali com sacrifício.Que molenga!

–Me deixe sentar.-falei vendo Mike morrer ao tentar me carregar.

–E se tirar o seu dedo do bolso te mato.-avisei.

–Puxa vida!Você esta verde!-exclamou nervoso.

–Cris?-ouvi uma voz conhecida falar...Não naoo!

–Acho que esta desmaiando.Não sei o que aconteceu ela viu sangue e ficou assim.-falou estressado pelo aparecimento de Bill.

–Cris.-falou e fiquei aliviada,não sei por que.-Pode me ouvir?

–Não.-gemi ainda não conseguindo me mover.-Sai daqui.

–Licença Kaulitz,estou levando ela a enfermaria.-falou Mike vindo na minha direção.

Não,não,não!

–Vou cuidar dela,pode voltar para sala.-ouvi Bill dizer e assim e sentir levantada do chão.Deus me ajude que eu não vomite nele.

–Eu estava com ela Kaulitz!-falou Mike mais parecia que já estávamos longe.

–Me coloque em pé...-gemi,o balançado não ajudava.

–Então desmaia quando vê sangue?-falou e gargalhou ,fiquei calada não estava em condições,dei um fraco murro nele e ele rio novamente.

–Ah deus!-ouvi uma mulher falar.

–Ela viu sangue e ficou assim.-falou Bill tossindo escondendo uma risada.

–Acontece algumas vezes.-falou a tal enfermeira.

–Pois é...-falou Bill.

–Vou pegar gelo pra você ok querida?-falou e saio .

–Você tem razão.-falei depois que a mulher me deu gelo.

–Geralmente tenho,sobre o que esta falando?-falou confuso.

–Faltar aula e muito saudável.-Falei e ele rio.

–Pode apostar que é.-falou ele e eu o olhei.

–O que foi?-perguntou ele confuso.

–Hm..nada não.-falei e continuei encarando ele,apesar e saber como ele era de cor,ele era tão...perfeito.Até demais.

Mesmo com o corpo magro e os braços poucos musculosos,era lindo,com aquele cabelo que parecia ter passado horas para fazer.

Eu resumiria ele em uma palavra,apesar de ter falado um milhão de vezes:

Perfeito.

–O que ta pensando?-perguntou novamente chegando mais perto me deixando zonza com aquele perfume inebriante.

–Eu..hm..em você.-falei e ..droga!O que eu falei?

Ai vergonha que me consome.

–Ta pensando em mim é?-falou mais como uma afirmativa me olhando e sorrio,mostrando todo os dentes brancos.

–Pois é...-falei olhando pra as minhas mao.

–Se sente melhor querida?-falou a enfermeira.

–Bem melhor.-falei.

–Ótimo.-falou e saio indo ajudar outra pessoa que havia chegado,me levantei e parei em seguida sentindo duas mãos em minha cintura.

Uau!

–Estou bem.-falei me ajeitando e vi ele me soltar,andamos até fora da sala.

–Vou pra casa.-falei e fui tentar pegar minha bolsa com ele.

–Ei,ei,ei.Eu disse que iria cuidar de você.-falou ele me puxando novamente pra cintura com um aperto...ótimo.

–Posso muito bem ir para casa sozinha.Estou muito bem.-falei .

–Eu levo você.-falou enquanto me levava até o Audi dele.

–Não,vou para casa.Sozinha.-falei dando a meia volta e indo para minha moto,coloquei o capuz quando começou a chover.

–Como espera ir para casa sem isso?-falou e ficou balançando a chave da moto,estreitei os olhos indo ate ele e pulando.

Por que ele tinha que ser tão alto?

–Me.dá.esta.chave!-falei entre dentes pulando.

–Cris...eu já falei,você vai comigo.-falou emburrado enquanto me agarrava pela cintura deixando nossos rostos a centímetros.

O hálito dele me deixava nas nuvens,ele me apertou mais colocando nossos copos e senti a boca dele vindo até a minha ,faltava centímetros.

Hey!O que eu estava fazendo mesmo?

Aaa!A minha chave!

–Cris..-ouvi a voz dele sussurrar e tocar de leve a minha,as mãos geladas dele agarravam minha cintura possessivamente.

Um beijinho não faria mal,faria?

Senti a língua dele pedir passagem e assim dei,eu estava no céu o tempo todo e não sabia,passei meus braços pelo pescoço dele e sentir ele morder meu lábio .

–Venho comigo...Cris...-falou no meu ouvido me deixando arrepiada,eu não sentia mais nada só senti ele me levar até o carro e ai me toquei.

–Hey não vale!-falei indignada.

–Cris,não seja teimosa,só vou te levar para casa!.-falou ele e olhei para a distancia entre a moto e o Audi.

–Nem tente você sabe que não vai conseguir.-falou ele e revirei os olhos entrando no carro,nisso nos já estávamos encharcado,eu já não conseguia controlar minhas mãos que tremiam adoidado.

–Você esta tremendo.-falou ele ligando o aquecedor.

–Não to nada.-menti deitando a cabeça no banco e fechando os olhos.

–Teimosa.-falou e o olhei,ele sorria,e não era um sorriso pequeno como eu sempre via,dava para vê todos os dentes um sorriso brincalhao.Os olhos dele brilhavam como duas estrelas.

–Nem sou.-falei e sorri e olhei para fora da janela,onde as arvores passavam rápido.

–Posso pedir uma coisa?-perguntei mordendo o lábio na tentativa de fazer ele parar.

–Sim.-falou .

–Me leva pra outro lugar...não quero ir pra casa.-falei e olhei pra ele que me olhava.

–Qualquer lugar?-perguntou.

–Qualquer...-falei olhando para as arvores qe passavam rapidamente.